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Editorial
Ano 1 - N° 15 - 25 de Julho de 2007
 

O impacto da morte de um
ente querido
 

Certa vez, numa de suas homilias dedicadas ao Dia de Finados, o papa João Paulo II pediu aos católicos de todo o mundo que orassem por seus mortos e lembrassem que a morte é tão-somente um passo para a vida eterna. “A morte não é a última palavra do destino humano”, afirmou o papa aos mais de dez mil peregrinos que se reuniram na Praça São Pedro para ouvi-lo.

Lembramo-nos dessa advertência papal ao assistirmos na TV ao drama que comoveu o país na noite de 17 passado, em face do acidente com o avião da TAM que, procedente de Porto Alegre, não conseguiu pousar intacto no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista.

A idéia da imortalidade, presente no sermão citado, é um dos muitos pontos de ligação existentes entre Catolicismo e Espiritismo. Com efeito, ensinam ambas as doutrinas, a morte diz respeito somente ao corpo físico. Quando alguém falece, é apenas seu veículo corpóreo que se desorganiza, restituindo-se à natureza os elementos que o compõem. A alma continua, no entanto, a viver em uma outra dimensão, em que, segundo o testemunho de muita gente, a vida prossegue exuberante.

Se somos imortais e se nossa natureza é espiritual, por que passamos pela carne? Afinal, que contribuição pode dar a existência corporal ao Espírito, um ser eminentemente espiritual?

Este é um dos temas mais importantes propostos por Allan Kardec aos imortais que o assistiram na codificação do Espiritismo.

Lemos na questão no 132 de “O Livro dos Espíritos”:

“Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?”

“Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação.

“Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.”

A morte corpórea, que sinaliza o fim de uma existência corporal, é, portanto, uma ponte entre os dois planos, o material e o espiritual, e nesse sentido podemos considerá-la, sim, como fez o papa, um simples passo para a vida eterna.

Em face disso, por maior que seja a dor de uma separação, precisamos entender que – excetuados os casos de suicídio voluntário ou involuntário – ninguém retorna antes da hora à pátria espiritual e que, em face da despedida de um ser querido, o melhor que podemos fazer é orar e pedir ao Criador que o assista e ampare em sua nova jornada, nessa dimensão da vida que nos aguarda a todos.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita