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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 15 - 25 de Julho de 2007

ARTHUR BERNARDES DE OLIVEIRA
tucabernardes@gmail.com
Guarani, Minas Gerais (Brasil)

Lágrima, suave remédio

Quase todas as religiões, senão todas, tiveram seus princípios imaginados por alguns de seus líderes, e aceitos pelos que os seguiram  depois.  Alguém precisava explicar certas coisas, ou responder a certas perguntas, e punha a trabalhar a imaginação. Algumas idéias aceitáveis provavelmente vinham de cima pelos canais  normais da intuição. Outras, não. Eram puro exercício de adivinhação.

A idéia do inferno, por exemplo, que acompanha certos crentes desde tempos imemoriais, é uma idéia interessante, nascida do senso de justiça presente na consciência do ser humano. Tal como a idéia do céu. 

Não tendo  como entender o funcionamento da justiça  divina, o homem imaginou, com razão, que o mal haveria de ser punido, assim como o bem teria que ser  recompensado. Vendo o mal prosperar de tal forma entre os homens, ao lado do bem, quase sempre espezinhado nos trancos da vida, nada mais justo que, depois da morte, um fosse  punido, enquanto o outro tivesse régia recompensa.

Como a dor mais difícil de suportar era, e continua sendo. a dor da queimadura, eis o inferno. Como o bom da vida é ficar  à toa, de papo pro ar, sem compromisso com nada, eis a idéia do céu.

Só que tais idéias chocam com a razão e fazem de Deus um juízo muito  desrespeitoso.  Como imaginar que um Pai magnânimo e bom pudesse admitir a hipótese de ter filhos eternamente apartados de seu carinho e de seu afeto?  Que tipo de crime mereceria punição tão desumana? 

Claro que o mal há de ser eliminado e o bem há de ser enaltecido. Não, porém, no caso do mal, como punição, mas como correção, como aprendizado.

O Espiritismo veio nos dizer que o mal é fruto da ignorância. Não existe por si mesmo. É conseqüência de falta de conhecimento, de educação. É doença séria  que o conhecimento há de curar. E, como toda doença séria, tem tratamento doloroso, difícil, demorado. A cada existência vamos nos curando um  pouco.

Às vezes, o remédio é a lágrima. Nada melhor para nos lavar a alma e o coração. E para nos ensinar a viver.   


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita