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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 14 - 18 de Julho de 2007

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)

Esperança e certeza

"O  sentimento  cristão dá a esperança de melhor futuro;
 o Espiritismo dá a certeza desse futuro."
Allan Kardec (1)

Reconhece o mestre Lionês que (2) "(...) impacientemente suportamos as tribulações da Vida. Tão intoleráveis nos parecem, que não compreendemos possamos sofre-las. Entretanto, se as tivermos suportado corajosamente, se soubermos impor silêncio às nossas murmurações, felicitar-nos-emos, quando fora desta prisão terrena, como o doente que sofre se felicita, quando curado, por se haver submetido a um tratamento doloroso.

(...) Pelas provas patentes, que ministra, da Vida Futura, da presença, em torno de nós, daqueles a quem amamos, da continuidade da afeição e da solicitude que nos dispensavam; pelas relações que nos faculta manter com eles, a Doutrina Espírita nos oferece suprema consolação, por ocasião de uma das mais legítimas dores, que é a perda de um desses seres queridos."

Sem a esperança e a certeza da Vida Futura, as promessas do Cristo não passariam de engodo e utopia, quando, por exemplo, Ele proclamava: "Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados."   Mas, para quem tem "olhos de ver" não fica difícil entender que o verbo ser está no futuro, e isso, implicitamente indica a conseqüência que virá no futuro para os aflitos de hoje, isto é: a consolação!...

Destrinçando o sentido dessa frase de Jesus, Allan Kardec esclarece (3):

"A criatura que encara a Vida terrena pelo prisma da Vida Espiritual apanha, num golpe de vista, a Vida corpórea. Ela a vê como um ponto no Infinito, compreende-lhe a curteza e reconhece que esse penoso momento terá presto passado. A certeza de um próximo futuro mais ditoso a sustenta e anima e, longe de se queixar, agradece ao Céu as dores que a fazem avançar. Daí tira ela uma calma e uma resignação tão úteis à saúde do corpo quanto à da Alma."

As virtudes teologais são vistas pelos Espíritas sob um ângulo singular, impossível de ser vislumbrado por quem ignora os conhecimentos dados pelos Espíritos a Kardec. Destarte, a Esperança recebe a nutrição do exato e perfeito conhecimento do verdadeiro sentido das palavras do Cristo, a Fé cega e mística cede lugar à Fé raciocinada e a Caridade revela-se não como simples serviço de assistência social, mas como o caminho único da salvação.

A ignorância bate em retirada sob os fortes "spotligths" do Espiritismo que lança claridades novas na inteligência humana, facultando a compreensão do porquê da dor, e melhor, mostra-nos como erradicá-la.

Ensina Lacordaire (4): "Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim: Bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes faltava na Terra, porque depois do labor virá o repouso."

François-Nicolas-Madeleine, cardeal Morlot, conclama (5): “Deveis todos consagrar-vos à propagação desse Espiritismo que já deu começo à vossa própria regeneração. Corre-vos o dever de fazer que os vossos irmãos participem da sagrada luz.   Mãos, portanto, à obra, meus muito queridos filhos!   Que os vossos corações aspirem a esse grandioso objetivo de preparar para as gerações porvindouras um mundo onde não seja vã a palavra felicidade."  

Referências:

1 - KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 83.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2002, q. 933.
2 - Idem, ibidem, q. 936.
3 - KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 121.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2003, cap. V, item 13.
4 - KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 121.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2003, cap. V, item 18.
5 - Idem, ibidem,  capítulo V, item 20.


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita