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Estudando as obras de Kardec
Ano 1 - N° 14 - 18 de Julho de 2007

ASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

O Livro dos Médiuns
Allan Kardec
(Parte 14) 

Continuamos a apresentar o estudo de O Livro dos Médiuns, segunda das cinco obras que constituem o chamado Pentateuco Kardequiano, que Allan Kardec lançou em Paris no ano de 1861, o qual está sendo aqui apresentado na forma de 175 questões objetivas.

Questões objetivas

104. Quais são os meios de se combater a obsessão?

Os meios de se combater a obsessão variam conforme o caráter que apresenta. Na obsessão simples, duas coisas essenciais devem ser feitas: 1a – provar ao Espírito que não somos seus joguetes e que lhe é impossível enganar-nos; 2a – cansar sua paciência, mostrando-nos mais pacientes do que ele; se ele estiver bem convencido de que perde seu tempo, acabará por retirar-se, como fazem os importunos a quem não damos ouvidos. O médium ou a vítima da obsessão deve, além disso, fazer um apelo fervoroso a seu protetor espiritual, assim como aos bons Espíritos que lhe são simpáticos e rogar-lhes que o assistam. É conveniente também interromper toda comunicação, desde que reconheçamos que ela provém de um mau Espírito, a fim de não lhe dar o prazer de ser ouvido. Quanto ao Espírito obsessor, por pior que ele seja, é preciso tratá-lo com severidade, mas com benevolência, e vencê-lo pelos bons modos, orando por ele. Moralizando-se, acabará por se corrigir: é uma conversão a empreender, tarefa penosa, ingrata, desencorajadora mesmo, mas cujo mérito reside na dificuldade e na satisfação, se bem cumprida, de se ter trazido ao bom caminho uma alma perdida.

Na fascinação, é preciso convencer o médium ou o indivíduo obsidiado de que ele está iludido, transformando sua obsessão num caso de obsessão simples, o que nem sempre é tarefa fácil, se não for mesmo algumas vezes impossível. Não se pode, com efeito, curar um doente que se obstina em conservar sua doença e nisso se compraz. O fascinado recebe muito mal os conselhos; a crítica o ofende e irrita, e todos que não lhe partilham a admiração lhe caem em antipatia.

Na subjugação corporal, como já foi dito, é preciso a intervenção de uma terceira pessoa, que exercerá um predomínio sobre o obsessor. Mas como este predomínio não pode ser senão moral, é dado apenas a uma pessoa moralmente superior ao Espírito exercê-lo, e seu poder será tanto maior quanto maior seja sua superioridade moral. Nesse caso, a ação magnética de um bom magnetizador pode vir utilmente em auxílio do obsidiado. De resto, é sempre bom tomar, por um médium seguro, conselhos de um Espírito superior ou de seu protetor espiritual. Em suma, é preciso entender que não existe nenhum processo material, sobretudo nenhuma fórmula, nenhuma palavra sacramental que tenha o poder de expulsar os Espíritos obsessores. (Itens 249 a 251)

105. Qual o fator que mais dificulta a libertação do obsidiado?

As imperfeições morais do obsidiado são, com freqüência, o obstáculo principal à sua libertação. Se ele se melhora, seu protetor espiritual se reaproxima e somente a presença deste será suficiente para expulsar o Espírito mau. Isso porque as imperfeições morais atraem e favorecem os obsessores, e o mais seguro meio de se desembaraçar deles é atrair os bons Espíritos pela prática do bem; estes só assistem os que os secundam pelos esforços que fazem para melhorar-se. (Item 252)

106. Podemos evocar os Espíritos?

Sim, podemos evocar todos os Espíritos de qualquer grau da escala a que pertençam, tanto os bons como os maus, tanto os que deixaram a vida há pouco tempo, como os que viveram em épocas mais recuadas, tanto os homens ilustres como os mais obscuros, os parentes, os amigos e também os que nos são indiferentes. Mas isso não significa que eles queiram ou possam responder ao nosso apelo; independentemente de sua vontade, ou da permissão que lhes pode ser negada por uma potência superior, podem eles estar impedidos por motivos que nem sempre conhecemos. (Itens 274 e 282)

107. Como é que os Espíritos sabem quando os evocamos?

Freqüentemente são eles prevenidos pelos Espíritos familiares que nos cercam e vão procurá-los. Passa-se então um fenômeno que é difícil explicar porque diz respeito ao modo de transmissão do pensamento entre os Espíritos. O fluido universal, espalhado no Universo, é o veículo do pensamento, como o ar o é do som, com a diferença que o pensamento atinge o infinito. O Espírito, no espaço, é como o viajante no meio de uma vasta planície e que, ouvindo de repente pronunciarem seu nome, se dirige para o lado de onde é chamado. Desse modo, o Espírito evocado, por mais longe que esteja, recebe, por assim dizer, o contragolpe do pensamento, como uma espécie de choque elétrico que chama sua atenção para o lado de onde vem o pensamento a ele dirigido. Ele ouve o pensamento, como na Terra ouvimos a voz. Se a evocação é premeditada, o Espírito é, às vezes, avisado de antemão e se encontra no recinto antes do momento em que é nominalmente chamado. (Item 282, parágrafos 5 e 6)

108. Por quais sinais se pode reconhecer a superioridade ou a inferioridade dos Espíritos?

Pela sua linguagem, como vocês distinguem um estouvado de um homem sensato. Os Espíritos superiores nunca se contradizem e apenas dizem coisas boas; desejam unicamente o bem: este é a sua preocupação. Os Espíritos inferiores estão ainda sob o império das idéias materiais; suas conversas ressentem-se de sua ignorância e de sua imperfeição. Apenas aos Espíritos superiores é dado conhecer todas as coisas e julgá-las sem paixão. (Itens 268 e 263)

109. A identidade dos Espíritos comunicantes é essencial à prática espírita?

A identidade absoluta dos Espíritos é, em muitos casos, uma questão acessória e sem importância, o que não se dá com a distinção entre bons e maus Espíritos. A individualidade deles pode ser irrelevante, mas nunca a sua qualidade. Em todas as comunicações instrutivas esse é o ponto para o qual deve convergir toda a nossa atenção, porque unicamente essa distinção é que nos dará a medida de confiança que podemos atribuir ao Espírito que se manifesta, qualquer que seja o nome sob o qual se apresente. (Itens 262 e 267)

110. Devemos então examinar as comunicações recebidas?

Sim. Devemos submeter todas as comunicações a um exame escrupuloso, analisando o pensamento e as expressões como fazemos quando se trata de julgar uma obra literária, rejeitando sem hesitar tudo o que peca contra a lógica e o bom-senso, tudo o que desminta o caráter do Espírito comunicante. Desse modo, desencorajaremos os Espíritos enganadores, que acabarão por retirar-se, uma vez convencidos de que não nos podem enganar. Repetimos que este meio é o único, mas é infalível, visto que não existe uma comunicação má que resista a uma crítica rigorosa. (Item 266)

111. Podemos fazer perguntas aos Espíritos?

Sim; as perguntas, longe de terem o menor inconveniente, são de grande utilidade do ponto de vista da instrução, quando sabemos formulá-las dentro dos limites desejados. Elas têm uma outra vantagem, que é ajudar a desmascarar os Espíritos enganadores que, sendo mais vãos do que sábios, suportam raramente a prova das perguntas de uma lógica cerrada que os levam a seus últimos redutos. Os Espíritos sérios respondem com prazer às perguntas que têm por fim o bem e os meios de fazerem o homem progredir. Não ouvem, portanto, as perguntas fúteis, as que são inúteis e as que são feitas por curiosidade ociosa ou apenas para prová-los. (Itens 287 e 288) (Continua no próximo número.)


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita