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Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 14 - 18 de Julho de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Os Mensageiros
André Luiz
(2ª Parte)

Continuamos a apresentar o texto condensado da obra Os Mensageiros,  de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira, a qual dá seqüência à série iniciada com o livro Nosso Lar.  

Questões preliminares

A. Qual é a importância do trabalho para nós?

R.: É muito grande. O trabalho é uma necessidade fundamental do Espírito. "Quem não deseje servir, procure outros gêneros de tarefa", advertiu o instrutor Telésforo. "Aqui, acima de trabalhadores, precisamos de servidores que atendam de boa vontade", acrescentou o instrutor espiritual. (Os Mensageiros, cap. 5 e 6, pp. 31 a 39.)

B. Qual era a missão de Otávio e por que fracassou?

R.: Otávio preparou-se durante trinta anos consecutivos para voltar à Terra em tarefa mediúnica, desejoso de saldar suas contas e elevar-se na senda da perfeição. O Ministério da Comunicação favoreceu-o com todas as facilidades e seis entidades amigas movimentaram os maiores recursos em benefício do seu êxito. No início, deveria enfrentar dificuldades crescentes; depois viriam socorros materiais, à medida que fosse testemunhando renúncia, desprendimento, desinteresse por remuneração. Apesar disso, Otávio fracassou. E fracassou porque lhe faltavam as qualidades necessárias de trabalhador e companheiro fiel, porque nutria desconfiança com relação aos orientadores espirituais e porque revelava acentuado pendor para a crítica dos atos alheios. E ele tanto duvidou, que os apelos espirituais foram levados à conta de alucinações. Um médico lhe aconselhou, então, experiências sexuais e, aos 19 anos, Otávio já se entregava desenfreadamente ao abuso do sexo, o que o afastou gradativamente do dever espiritual assumido. (Obra citada, cap. 7, pp. 41 a 46.)

C. Uma pessoa que não tem o casamento em sua programação pode casar-se?

R.: Sim. Foi o que se deu com Otávio. Embora não tendo o matrimônio sido previsto em sua programação reencarnatória, ao abandonar os deveres espirituais complicou seu futuro e acabou casando-se. Desse casamento adveio um filho, uma entidade monstruosa ligada a sua mulher, criatura de condição muito inferior à sua. Seu lar passou a ser um tormento constante até que regressou, mal tendo completado 40 anos, roído pela sífilis, pelo álcool e pelos desgostos, sem nada haver feito de útil para seu futuro eterno. (Obra citada, cap. 7, pp. 41 a 46.)

D. Que ensinamento podemos colher do caso Acelino?

R.: Esse caso é bem típico do médium que, embora amparado pelos benfeitores espirituais e dotado de várias faculdades - vidência, audição e psicografia -, decidiu fazer da mediunidade fonte de renda material, fato que lhe rendeu sofrimentos acerbos depois de sua desencarnação, quando permaneceu algemado aos seus consulentes criminosos por onze anos consecutivos. (Obra citada, cap. 8, pp. 47 a 50.)

 Texto para leitura

5. A palestra de Telésforo - Antigo lidador do Ministério da Comunicação, Telésforo dirigiu sua palavra a uma platéia numerosa de aprendizes do trabalho de intercâmbio entre os dois planos. Muitos companheiros ali presentes haviam fracassado em suas tarefas na Terra. O palestrante falou sobre as causas desses fracassos e exortou a todos a uma nova atitude diante da vida, destacando a importância do trabalho como necessidade fundamental de cada espírito. "Quem não deseje servir, procure outros gêneros de tarefa", advertiu Telésforo. "Aqui, acima de trabalhadores, precisamos de servidores que atendam de boa vontade", acrescentou o instrutor espiritual. Debaixo de profunda impressão, em face das declarações incisivas de Telésforo, numerosos circunstantes choravam em silêncio. Eram servidores que haviam fracassado em suas tarefas terrestres. (Cap. 5 e 6, pp. 31 a 39)

6. Conversação sadia - Finda a preleção, Aniceto deixou-os à vontade. André Luiz, Vicente e outros ficaram a palestrar, cientes de que em "Nosso Lar" considera-se trabalho útil toda conversação sadia que concorra para enriquecer os conhecimentos e aptidões para o serviço. "Pelas nossas palestras construtivas, receberemos também a remuneração devida à cooperação normal", esclareceu Vicente. E se a conversa descambasse para temas inferiores? – indagou André. Vicente explicou que, então, o prejuízo seria da pessoa, porque ali a palavra define o Espírito. Fugindo à palestra instrutiva, sua presença se tornaria desagradável e seu rosto se cobriria de sombra indefinível, de tal modo que os orientadores conheceriam sua atitude imediatamente. (Cap. 6, pág. 40)

7. O caso Otávio - De absoluto fracasso foi a experiência que Otávio teve em sua última romagem terrena. Após contrair dívidas enormes em outro tempo, ele fora recolhido por irmãos dedicados de "Nosso Lar", que se revelaram incansáveis para com ele. Preparou-se, então, durante trinta anos consecutivos, para voltar à Terra em tarefa mediúnica, desejoso de saldar suas contas e elevar-se na senda da perfeição. O Ministério da Comunicação favoreceu-o com todas as facilidades e, sobretudo, seis entidades amigas movimentaram os maiores recursos em benefício do seu êxito. O matrimônio não estava nas suas cogitações; seu caso particular assim o exigia. Não obstante solteiro, deveria receber aos vinte anos os seis amigos que muito trabalharam por ele em "Nosso Lar", que chegariam ao seu círculo como órfãos. No início, deveria enfrentar dificuldades crescentes; depois viriam socorros materiais, à medida que fosse testemunhando renúncia, desprendimento, desinteresse por remuneração... Sua mãe era espiritista desde moça. Aos treze anos de idade, Otávio ficou órfão de mãe e aos quinze começaram os primeiros chamados da esfera superior. O pai casou-se segunda vez e, apesar da bondade e cooperação que a madrasta lhe oferecia, Otávio se colocava num plano de falsa superioridade em relação a ela, passando a viver revoltado, entre queixas e lamentações descabidas. Levado a um grupo espírita de excelente orientação evangélica, faltavam-lhe as qualidades de trabalhador e companheiro fiel. Nutria desconfiança com relação aos orientadores espirituais e revelava acentuado pendor para a crítica dos atos alheios. E tanto duvidou, que os apelos espirituais foram levados à conta de alucinações. Um médico lhe aconselhou experiências sexuais e, aos 19 anos, Otávio entregava-se desenfreadamente ao abuso do sexo. Isso afastou-o gradativamente do dever espiritual. O pai desencarnou quando ele contava pouco mais de vinte anos. Dois anos depois, a madrasta foi recolhida a um leprosário, deixando na orfandade seis crianças. Otávio afastou-se dos pequenos, tomado de horror, abandonando-os definitivamente, sem refletir que lançava seus credores generosos de "Nosso Lar" a destino incerto. Mais tarde, casou-se e recebeu como filho uma entidade monstruosa ligada a sua mulher, criatura de condição muito inferior à sua. Seu lar passou a ser um tormento constante até que regressou, mal tendo completado 40 anos, roído pela sífilis, pelo álcool e pelos desgostos, sem nada haver feito de útil para seu futuro eterno. (Cap. 7, pp. 41 a 46)

8. O caso Acelino - Ouvindo o relato feito por Otávio, estava Acelino, que também partira de "Nosso Lar", no século passado, após cuidadosa preparação no Ministério da Comunicação. Uma das ministras da Comunicação presidiu pessoalmente as medidas atinentes à sua tarefa na Crosta. Tudo correra bem. Aos vinte anos, Acelino foi chamado à tarefa mediúnica, recebendo enorme amparo dos benfeitores espirituais. Dotado das faculdades de vidência, audição e psicografia, ele decidiu – apesar dos apelos dos benfeitores espirituais – fazer da mediunidade fonte de renda material, sem esperar os abundantes recursos que o Senhor lhe enviaria mais tarde, após seus testemunhos no trabalho. Não mais a escola da virtude, do amor fraternal, da edificação superior, e sim a concorrência comercial, as ligações humanas, os caprichos apaixonados, os casos de polícia e todo um cortejo de misérias da Humanidade. Transformara-se completamente a paisagem espiritual que o rodeava. Ao desencarnar, Acelino ficou algemado aos seus consulentes criminosos, também desencarnados, por sinistros elos mentais, em virtude da imprevidência na defesa do seu próprio patrimônio espiritual. Durante onze anos consecutivos, expiou a falta entre eles, em meio ao remorso e à amargura. (Cap. 8, pp. 47 a 50)

Frases e apontamentos importantes

14. Raros triunfam, porque quase todos estamos ainda ligados a extenso pretérito de erros criminosos, que nos deformaram a personalidade. Em cada novo ciclo de empreendimentos carnais, acreditamos muito mais em nossas tendências inferiores do passado, que nas possibilidades divinas do presente, complicando sempre o futuro. É desse modo que prosseguimos, por lá, agarrados ao mal e esquecidos do bem, chegando, por vezes, ao disparate de interpretar dificuldades como punições, quando todo obstáculo traduz oportunidade verdadeiramente preciosa aos que já tenham "olhos de ver". (Tobias, cap. 3, pág. 24)

15. Tudo vem a seu tempo, tanto no bem quanto no mal, Primeiro, a semente, depois os frutos. (...) A árvore, para produzir, não reclama as folhas mortas. Para nós, atualmente, meu amigo, o mal é simples resultado da ignorância e nada mais. (Vicente, cap. 4, pág. 30)

16. As transições essenciais da existência na Terra encontram a maioria dos homens absolutamente distraídos das realidades eternas. A mente humana abre-se, cada vez mais, para o contacto com as expressões invisíveis, dentro das quais funciona e se movimenta. Isto é uma fatalidade evolutiva. (Telésforo, cap. 5, pág. 32)

17. Toda expressão religiosa é sagrada, todo movimento superior de educação espiritual é santo em si mesmo. (...) Sacerdotes e intérpretes dos núcleos organizados da religião e da filosofia não percebem ainda que o espírito da Revelação é progressivo, como a alma do homem. As concepções religiosas se elevam com a mente da criatura. (Telésforo, cap. 5, pág. 33)

18. A Ciência progride vertiginosamente no planeta e, no entanto, à medida que se suprimem sofrimentos do corpo, multiplicam-se aflições da alma. (...) a estatística dos crimes humanos é espantosa. Os assassínios da guerra apresentam requintes de perversidade muito além dos que foram conhecidos em épocas anteriores. (...) Não existe em país algum preparação espiritual bastante para o conforto físico. (Telésforo, cap. 5, pp. 33 e 34)

19. Concordamos que a reverência ao Pai, a fé e a vontade são expressões básicas da realização divina no homem, mas não podemos esquecer que o trabalho é necessidade fundamental de cada espírito. (...) Precisamos oferecer, no mundo, os instrumentos necessários às retificações espirituais, habilitando nossos irmãos encarnados a um maior entendimento do Espírito do Cristo. (Telésforo, cap. 5, pp. 34 e 35)

20. Raríssimos conquistam algum êxito nos delicados misteres da mediunidade e da doutrinação. (...) pouquíssimos são os que se lembram das realidades eternas, no "outro lado do véu"... A ignorância domina a maioria das consciências encarnadas. E a ignorância é mãe das misérias, das fraquezas, dos crimes. (Telésforo, cap. 6, pág. 36)

21. Cesse, para nós outros, a concepção de que a Terra é o vale tenebroso, destinado a quedas lamentáveis, e agasalhemos a certeza de que a esfera carnal é uma grande oficina de trabalho redentor. Preparemo-nos para a cooperação eficiente e indispensável. Esqueçamos os erros do passado e lembremo-nos de nossas obrigações fundamentais. A causa geral dos desastres mediúnicos é a ausência da noção de responsabilidade e da recordação do dever a cumprir. (Telésforo, cap. 6, pág. 37)

22. Quando o Senhor vos enviava possibilidades materiais para o necessário, regressáveis à ambição desmedida; ante o acréscimo de misericórdia do labor intensificado, agarrastes a idéia da existência cômoda; junto às experiências afetivas, preferistes os desvios sexuais; ao lado da família, voltastes à tirania doméstica, e aos interesses da vida eterna sobrepusestes as sugestões inferiores da preguiça e da vaidade. Destes-vos, na maioria, à palavra sem responsabilidade e à indagação sem discernimento, amontoando atividades inúteis. Como médiuns, muitos de vós preferíeis a inconsciência de vós mesmos; como doutrinadores, formuláveis conceitos para exportação, jamais para uso próprio. (Telésforo, cap. 6, pág. 38)

23. Grandes massas batem às fontes do Espiritismo sagrado, tão só no propósito de lhe mancharem as águas. (...) São os sequiosos da facilidade, os amigos do menor esforço, os preguiçosos e delinqüentes de todas as situações, que desejam ouvir os Espíritos desencarnados, receosos da acusação que lhes dirige a própria consciência. (...) Tudo por quê, meus irmãos? Por termos esquecido, em nossos labores carnais, que Espiritismo é revelação divina para a renovação fundamental dos homens. (Telésforo, cap. 6, pág. 38)

24. O Senhor renova diariamente nossas benditas oportunidades de trabalho, mas, para atingirmos os resultados precisos, é imprescindível sejamos seguidores da renunciação ao inferior. (...) E ninguém espere subir, espiritualmente, sem esforço, sem suor e sem lágrimas!... (Telésforo, cap. 6, pág. 39)

25. As tarefas espirituais ocupam-se de interesses eternos... Os mordomos de bens da alma estão investidos de responsabilidades pesadíssimas. (Otávio, cap. 7, pág. 42) (Continua no próximo número.)


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita