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Estudando as obras de Kardec
Ano 1 - N° 13 - 11 de Julho de 2007

ASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

O Livro dos Médiuns
Allan Kardec
(Parte 13) 

Continuamos a apresentar o estudo de O Livro dos Médiuns, segunda das cinco obras que constituem o chamado Pentateuco Kardequiano, que Allan Kardec lançou em Paris no ano de 1861, o qual está sendo aqui apresentado na forma de 175 questões objetivas.

Questões objetivas

96. Quais os defeitos que afastam de nós os bons Espíritos?

As qualidades que atraem os bons Espíritos são: a bondade, a benevolência, a simplicidade de coração, o amor ao próximo, o desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões pelas quais o homem se prende à matéria. (Item 227)

97. Qual é o maior escolho da mediunidade?

Entre as dificuldades que apresenta a prática do Espiritismo é preciso pôr na primeira linha a obsessão, isto é, o império que alguns Espíritos sabem exercer sobre certas pessoas. A obsessão não acontece senão pelo desejo dos Espíritos inferiores, que procuram dominar. Os bons Espíritos não usam de nenhum constrangimento; aconselham, combatem a influência dos maus e, se não são ouvidos, retiram-se. Os maus, ao contrário, agarram-se ao que lhes oferece facilidades; se conseguem dominar alguém, identificam-se com seu Espírito e o conduzem como a uma verdadeira criança. (Item 237)

98. Quais são as principais variedades de obsessão?

São a obsessão simples, a fascinação e a subjugação.

A obsessão simples tem lugar quando um Espírito mau se impõe a um médium, imiscui-se contra a vontade dele nas comunicações que recebe, impede-o de comunicar-se com outros Espíritos e substitui os que são evocados.

A fascinação é uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium e que paralisa de alguma sorte seu julgamento a respeito das comunicações. O médium fascinado não se julga enganado: o Espírito tem a arte de lhe inspirar uma confiança cega que o impede de ver o embuste e de compreender o absurdo que escreve, ainda mesmo que salte aos olhos de todos; a ilusão pode mesmo fazê-lo ver o sublime na mais ridícula linguagem.

A subjugação é uma pressão que paralisa a vontade de quem a sofre e o faz agir contra sua vontade. A pessoa fica sob um verdadeiro jugo, que pode ser moral ou corporal, levando às vezes a pessoa obsidiada a praticar os mais ridículos atos. (Itens 238 a 240)

99. Como podemos reconhecer a ocorrência da obsessão?

A obsessão apresenta os característicos seguintes: 1o – Persistência de um Espírito em comunicar-se, quer o médium queira, quer não, pela escrita, pela audição, pela tiptologia etc., impedindo que outros Espíritos possam fazê-lo; 2o – A ilusão que, não obstante a inteligência do médium, impede-o de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações recebidas; 3o – Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e que, sob nomes respeitáveis e veneráveis, dizem coisas falsas ou absurdas; 4o – Confiança do médium nos elogios que lhe fazem os Espíritos que se comunicam por ele; 5o – Disposição de se afastar das pessoas que lhe podem dar úteis avisos; 6o – Tomar por mal a crítica a respeito das comunicações que recebe; 7o – Desejo incessante e inoportuno de escrever; 8o – Sujeição física qualquer dominando a vontade e forçando o médium a agir ou a falar, contra sua vontade; 9o – Barulhos e movimentos persistentes ao redor de si, e dos quais é a causa ou o objeto. (Item 243)

100. Quais são as causas da obsessão?

As causas da obsessão variam segundo o caráter do Espírito: é às vezes uma vingança que ele exerce sobre um indivíduo do qual teve do que se queixar durante sua vida ou numa outra existência; freqüentemente o motivo é apenas o desejo de fazer o mal, porque, se ele sofre, experimenta uma espécie de gozo em fazer sofrer os outros, em atormentá-los, em vexá-los. Assim, a impaciência que a vítima demonstra estimula-o, porquanto, irritando-o e demonstrando despeito, a vítima faz exatamente o que o Espírito quer. Outros agem por ódio e por inveja ao bem; eis por que dirigem seus olhares maléficos sobre as pessoas honradas. Há, por fim, os que assim agem movidos por um sentimento de covardia, que os leva a aproveitar-se da fraqueza moral de certos indivíduos que eles sabem incapazes de lhes resistir. Deve-se acrescentar a essa lista os Espíritos obsessores sem maldade, que possuem mesmo algo de bom, mas que têm o orgulho do falso saber e, devido a isto, buscam médiuns bastante crédulos para aceitá-los de olhos fechados, a quem fascinam impedindo-os de discernirem o verdadeiro do falso. A vingança constitui, no entanto, a causa mais comum dos fenômenos obsessivos. (Itens 245 e 246)

101. Como ocorre a subjugação obsessional?

Como se fosse um manto jogado sobre o indivíduo, a subjugação corporal tira freqüentemente a energia do obsidiado, que é necessária para dominar os maus Espíritos; por isso, nesses casos, é preciso a intervenção de uma terceira pessoa, que aja pelo magnetismo ou pela força de sua vontade, para aliviar o enfermo. Forma aguda do fenômeno obsessivo, a subjugação é uma pressão que paralisa a vontade de quem a sofre e o faz agir contra suas próprias idéias. O jugo corporal significa que o Espírito desencarnado age sobre os órgãos materiais do obsidiado, levando-o a provocar movimentos involuntários, mesmo nos mais inoportunos momentos. (Itens 240 e 251)

102. A subjugação pode dar causa à loucura?

Sim. Levada a um determinado grau, a subjugação corporal pode dar causa a uma espécie de loucura cuja causa é ignorada no mundo, mas que não tem relação com a loucura comum. Entre os tratados por loucos há muitos que são apenas subjugados; precisariam de um tratamento moral, enquanto que ficam loucos de verdade com os tratamentos corporais. Quando os médicos conhecerem bem o Espiritismo, saberão fazer esta distinção e curarão mais doentes do que as duchas. (Item 254, parágrafo 6)

103. Para se ter ascendência sobre os Espíritos inferiores, qual é a condição necessária?

Exerce-se o ascendente sobre os Espíritos inferiores pela superioridade moral, unicamente. Os Espíritos perversos sentem seus superiores nos homens de bem. Em face de quem não lhes oponha senão a energia da vontade, espécie de força bruta, eles lutam e freqüentemente são mais fortes. A quem não tenha autoridade moral, nem a invocação do nome de Deus exercerá aí qualquer influência. São Luís ensina que o nome de Deus tem influência sobre os Espíritos imperfeitos apenas na boca de quem pode dele se servir com autoridade, pelas suas virtudes. Na boca do homem que não tenha sobre o Espírito nenhuma ascendência moral, é tal nome uma palavra como qualquer outra. (Item 279) (Continua no próximo número.)


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita