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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo
Ano 1 - N° 13 - 11 de Julho de 2007

 
 
A galinha intransigente
 

Existiu certa vez uma galinha que nunca estava satisfeita com nada. Vivia de mal com o mundo e não perdoava a menor ofensa, mesmo involuntária.

Passava o tempo a queixar-se da vida e a criticar tudo o que os animais da fazenda faziam. No terreiro, ninguém estava livre dos seus comentários.

Se um patinho se machucava, ela logo dizia:

— Bem feito! Quem manda dona Pata deixar seus filhotes soltos por aí?


Se o cachorrinho era picado por uma abelha ao enfiar o focinho no tronco de uma árvore, ela logo exclamava com ar satisfeito:

— Teve o que merecia! Quem manda ficar enfiando o nariz onde não deve?

Se o gatinho, sem querer, entornava o prato de leite, ela reagia:

— Também com a educação que dona Gata lhe dá, só podia ser um trapalhão mesmo!

E assim ela criticava todos os animais do terreiro. E ai de alguém que lhe fizesse a mínima ofensa. Jamais teria o seu perdão.
 

Certo dia, ela descuidou-se arrumando o galinheiro e não viu que um de seus pintinhos desaparecera.

Quando percebeu, ficou apavorada e saiu gritando por ele:

— Chiquinho! Chiquinho! Onde está você?

   

Mas nada do Chiquinho aparecer. Perguntou para os vizinhos, para dona coruja, sempre muito esperta, e nada. Ninguém sabia dar notícias do pintinho.

Todos estavam preocupados e ajudando a procurar o filhote da galinha, até que dona Vaca lembrou-se de tê-lo visto atravessando o pasto a caminho do riacho.

Correram todos, e lá chegando ficaram surpresos e encantados com a cena que viram.

O pintinho caíra na água e, não sabendo nadar, debatera-se, ficando preso em umas plantas na outra margem do riacho que, embora estreito, não dava para alcançar.

O patinho, excelente nadador, já fizera vãos esforços para soltar o pintinho, que estava preso por uma das patas, mas ele era muito fraco e não tinha força suficiente.

O cachorrinho e o gatinho tiveram uma idéia e, nesse exato momento, a colocavam em execução.

O cachorrinho, que era o mais forte, se pendurou num galho de árvore à margem do regato e, ao mesmo tempo, segurou uma das patas do gatinho, que se esticou... esticou... esticou até conseguir agarrar o Chiquinho pelo pescoço. Depois, puxando-o com força, pode livrá-lo dos ramos que o prendiam.

Foi um alívio geral! Em pouco tempo, Chiquinho estava nos braços da mamãe Galinha, que respirava aliviada.

— Graças a Deus! Não sei como agradecer a vocês todos pela ajuda que me deram! — disse com lágrimas nos olhos.

Depois, pensando um pouco, completou envergonhada:

— E logo eu que sempre fui tão intolerante com todos! Mas, nunca mais criticarei ninguém. Nunca se sabe quando nós também vamos precisar da ajuda e do perdão dos outros. Hoje, por minha falta de atenção, meu filho quase perde a vida. Porém, em vez de me censurar, vocês me ajudaram. Quero que me perdoem tudo o que já lhes fiz, como espero que Deus me perdoe também.

E deste dia em diante, dona Galinha transformou-se numa criatura boa, paciente, tolerante e compreensiva para com as falhas do próximo e nunca mais criticou ninguém.   

                                                                            TIA CÉLIA


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita