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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 13 - 11 de Julho de 2007

ARTHUR BERNARDES DE OLIVEIRA
tucabernardes@gmail.com
Guarani, Minas Gerais (Brasil)

Subjugação após a morte

Abel tomou a palavra e foi logo avisando: – O trabalho de hoje será em benefício da Fundação.

Eu tinha acabado de fazer a prece, quando o recado chegou. A médium era Laura Pacheco.

Esse Abel é Abel Gomes, o introdutor do Espiritismo na cidade em que nasci, e hoje, no plano espiritual, com importante tarefa ligada ao desenvolvimento da doutrina espírita, na zona da mata mineira. A Fundação é a Fundação Espírita Abel Gomes, que recolhe meninas desamparadas, de zero a cinco anos de idade, na cidade de Astolfo Dutra, a 110 km de Juiz de Fora.

Desde sua criação, em 1942, tem sido a Fundação assediada por insidiosos inimigos desencarnados. Parte desses obsessores são inimigos da Doutrina, que não toleram ver uma instituição dita espírita prestando tais serviços à comunidade, e parte são Espíritos vinculados às meninas abrigadas por erros cometidos no passado e que vêm cobrar o que acham que elas lhes devem, numa sede insaciável de vingança.

A sessão começou e os Espíritos foram chegando e conversando conosco. Alguns aceitando, com facilidade, o auxílio oferecido; outros, rebeldes, ficando para depois, quando estivessem em melhores condições de entender.

Um deles, no entanto, despertou-me atenção especial. Não sei por quê. Um sinal forte cá dentro do coração. Quis saber quem era. Seu nome, endereço, CPF. Não deu. Insisti. Não quis dar. Aí, dona Yolanda, uma das médiuns do grupo, começou a descrever:

– É um mulato forte, leve entrada na fronte denunciando calvície a se instalar; suavemente obeso, residia na Rua de Cima, a uns duzentos metros da Fundação, trabalhava com açougue, e se chamava...

Quando Dona Yolanda ia pronunciar seu nome, não podendo mais esconder a identidade, disse ao mesmo tempo que ela:

– Sebastião de Sousa!

Tinha sido meu amigo! Companheiro de mocidade. Pai de alunos meus a quem sempre quis muito bem! Aí, desabafei: – Mas você, meu caro! Amigo nosso! Conhecedor das dificuldades de nossa instituição. Vizinho das meninas! Que é isso, rapaz?!

– Ah! Arthur – falou, envergonhado e em prantos. Desde meu desencarne que não sou dono de mim mesmo. Fui dominado por um grupo de demônios que fizeram de mim o que quiseram e que me tornaram, sem que eu pudesse reagir, instrumento de perseguição às meninas. São inimigos da Casa e da Doutrina, liderados por um ex-sacerdote, Padre Sérgio, que empregam suas energias, diuturnamente, nas tarefas do mal! Não tive como me livrar. Espero que Deus me liberte desse sofrimento!

Vivenciamos, ali e naquele momento, experiência semelhante àquela vivida por André Luiz, quando da desencarnação de Fernando, narrada por ele em seu livro Os Mensageiros. Espíritos maus, impacientes, aguardavam a desencarnação do desafeto para subjugá-lo e submetê-lo a todo tipo de humilhações.

Saímos todos pensando: Como é importante a gente viver bem para que isso não venha a acontecer conosco.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita