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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 13 - 11 de Julho de 2007

CLAUDIA WERDINE
claudiawerdine@hotmail.com
Viena (Áustria)

Fundamentos da educação  

(2a Parte)

Instrução x Educação  

É preciso não confundir instrução com educação. A educação abrange a instrução, mas pode haver instrução desacompanhada de educação.

A instrução é mais especialmente a aprendizagem da ciência, a educação é a aprendizagem da vida; a instrução forma o talento, a educação o caráter. A  missão da educação é mais elevada, mais difícil a sua arte.

Instruir é ilustrar a mente com certa soma de conhecimentos sobre um ou vários ramos científicos. Educar é desenvolver os poderes do espírito, não só pela aquisição do saber, como especialmente na formação e consolidação do caráter.

O intelectualismo não supre o cultivo dos sentimentos. “Não basta ter coração, é preciso ter bom coração,” disse Hilário Ribeiro, educador emérito no Brasil, séc. XX.

Todos os problemas do momento atual se resumem em uma questão de caráter: só pela educação podem ser solucionados.

Demasiada importância se liga às várias modalidades do saber, descurando-se o principal: a ciência do bem. Os pais geralmente se preocupam com a carreira que os filhos deverão seguir, deixando-se impressionar pelo brilho e pelo resultado utilitário que de tais carreiras possam advir. No entanto, deixam de atentar para a questão fundamental da vida, que se resolve em criar e consolidar o caráter. Antes de tudo, e acima de tudo, os pais devem curar da educação moral dos filhos, relegando às inclinações e vocações de cada um a escolha da profissão, como acessório.

A crise que assoberba o mundo é a crise do caráter, responsável por todas as outras. O momento reclama a ação de homens honestos, escrupulosos, possuídos do espírito de justiça e compenetrados das suas responsabilidades.

Temos vivido sob o despotismo da inteligência. Cumpre sacudir-lhe o jugo fascinador, proclamando o reinado do caráter, o império da consciência, da moral e dos sentimentos.

“ É pela Educação, mais do que pela Instrução que se transformará a Humanidade.” - Allan Kardec.

Educação Integral 

Um fator vital em nossa própria busca por evolução é o equilíbrio entre os diversos aspectos do nosso desenvolvimento. Sabemos que a intelectualidade sem amor nos conduz a abismos seculares e que o sentimento desvairado pode nos aprisionar na ignorância e no fanatismo. Sabemos também que, ao longo da nossa jornada evolutiva, devemos desenvolver todas as nossas potencialidades e alcançarmos a condição de anjos em todas as virtudes e de sábios em todas as ciências.

Educar, assim, tanto para os fins da existência presente, quanto para as nossas metas eternas, deve ser uma ação que desperte de maneira equilibrada e integrada todas as forças da alma. A Educação deve se dirigir ao sentimento e instrução à inteligência, para formar pessoas saudáveis da alma e do corpo.

Pestalozzi, que se preocupava bastante com o aspecto global e equilibrado que deve ter a Educação, resumiu a questão na sua famosa tríade: educar o coração, a cabeça e as mãos. Por educar o coração, entendia fazer brotar o amor a Deus a ao próximo; como educar a cabeça, referia-se à formação da inteligência, não no sentido de entupir a memória com informações, mas de desenvolver o ímpeto de observar, analisar, deduzir e pensar; e, afinal, educar as mãos era para ele tanto estimular atividades manuais e o trabalho em geral, quanto cultivar a agilidade, a saúde e a harmonia do corpo.

Para melhor entendermos a importância de uma educação integral, observemos os pássaros que voam rumo ao infinito. Somente o desenvolvimento harmônico das duas asas, possibilita um vôo seguro e tranqüilo. Assim também somos nós, pássaros em viagem rumo à eternidade. Somente conseguiremos voar com segurança se mantivermos nossas asas, ou seja, a asa da instrução e a asa da educação moral, em perfeito equilíbrio e a isso damos o nome de Educação Integral.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita