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Editorial
Ano 1 - N° 12 - 4 de Julho de 2007
 

Amor sim, jamais a agressão
para com a criança

A psicóloga Lídia Weber, professora da Universidade Federal do Paraná, diz que bater nos filhos, além de constituir um equívoco, não resolve o problema do mau comportamento e é, portanto, uma medida não educativa. A professora relacionou em um interessante trabalho divulgado pelo jornal Gazeta do Povo, de Curitiba (PR), doze razões pelas quais não se deve bater em criança, ao qual acrescentou cinco sugestões objetivas para que os pais evitem, como é uma prática generalizada, partir para a violência contra os próprios rebentos.

O pensamento da psicóloga Lídia Weber está em sintonia com a proposta espírita e com as pesquisas mais recentes feitas em torno do tema educação e agressividade.

Lembremos, a propósito disso, que segundo o pesquisador americano Robert Blum, da Universidade de Minnesota, a principal causa de agressividade da criança é a falta de amor.

A criança que não se sente amada, querida e cuidada pelos pais pode tornar-se violenta, afirma Robert Blum, que baseia sua tese em uma pesquisa realizada com 12 mil meninos, a pedido da Clínica Mayo, a qual recebeu o apoio dos psicanalistas Fritz Redl e David Wineman, autores dos livros Crianças Agressivas e O Tratamento de Crianças Agressivas.

A tese é igualmente aceita pelo conhecido psiquiatra Haim Gruspun, de São Paulo (SP), que diz: "Já acreditei que bater desse resultados". "Hoje digo que não se deve bater nunca numa criança."

Idêntica conclusão se pode ler na tese que a antropóloga brasileira Maria de Fátima Fontes Lorenzo apresentou à Universidade Autônoma de Barcelona, na qual afirma que o amor é a razão dos problemas do mundo e também a solução para eles.

Segundo ela, as dificuldades em amar é que têm provocado os principais males da sociedade contemporânea, como o uso de drogas, a depressão e até mesmo os suicídios, problemas que no fundo resultam da falta de amor.

José Herculano Pires, em sua extraordinária obra Pedagogia Espírita (pp. 182 a 184), adverte que os dois problemas – o da educação no lar e o da educação na escola – giram em torno de um mesmo eixo. Os pais são os professores no lar e os mestres são os pais na escola.

Muito mais do que um fenômeno biológico, a paternidade e a maternidade constituem uma relação psíquica e portanto espiritual. A criança já nasce com o acervo pessoal de suas conquistas no processo evolutivo. A tarefa dos pais, como a dos mestres, é ajudá-la a integrar-se na posse desse acervo e enriquecê-lo ainda mais. Assim, para que a educação se desenvolva de maneira harmoniosa e eficiente é necessária a conjugação do lar com a escola, dos pais com os mestres.

As crianças, observa Herculano, necessitam de afeto, de carinho, de atenção. A natureza humana é diferente da natureza animal. Não se pode nem se deve querer domesticar uma criança como se fosse um cachorrinho, domá-la como se fosse um potro. Cada criança é uma inteligência despertando para a vida, é uma consciência que desabrocha.

Educar é amar, porque a mecânica da educação é a ajuda, o amparo, o estímulo. A vara, o ponteiro, a palmatória, as descomposturas e os gritos pertencem à domesticação e não à educação. A violência contra a criança é um estímulo negativo que desperta suas reações inferiores, acorda a fera do passado na criaturinha vestida de inocência que Deus nos enviou. Só o amor educa, só a ternura faz as almas crescerem no bem.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita