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Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 11 - 27 de Junho de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Nosso Lar
André Luiz

   (Parte 11)  
  

Damos seqüência ao texto condensado do livro "Nosso Lar", de André Luiz, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicado pela editora da Federação Espírita Brasileira, o qual deu início à Série André Luiz.

Questões preliminares

A. Qual era o cenário invisível da guerra na Polônia?

R.: Foi o Ministro Benevenuto, da Regeneração, que havia chegado dois dias antes da Polônia, quem descreveu o quadro doloroso que ele viu nos campos daquela nação, invadida pelos soldados alemães. Tudo obscuro, tudo difícil. As vítimas entregavam-se totalmente a pavorosas impressões e não ajudavam, apenas consumiam as forças dos diligentes assistentes espirituais que ali atuavam. O campo invisível da batalha era verdadeiro inferno de indescritíveis proporções. Aos fluidos venenosos das metralha, casavam-se as emanações pestilentas do ódio, e isso tornava quase impossível qualquer auxílio. Quando algum militar agressor desencarnava, era logo dominado por forças tenebrosas e fugia dos Espíritos missionários. A falta de preparação religiosa constituía, no seu entendimento, a causa de semelhante calamidade. (Nosso Lar, cap. 43, págs. 238 a 241.)

B. Em que consistem as Trevas?

R.: É de Lísias esta frase: "Chamamos Trevas às regiões mais inferiores que conhecemos". Há também princípios de gravitação para os Espíritos, como ocorre com os corpos materiais. A alma esmagada de culpas não pode subir à tona do lago maravilhoso da vida. As aves livres ascendem às alturas; as que se embaraçam no cipoal sentem-se tolhidas no vôo, e as que se prendem a peso considerável são meras escravas do desconhecido. O abismo atrai o abismo e cada um de nós chegará ao local para onde esteja dirigindo os próprios passos. (Obra citada, cap. 44, págs. 244 a 246.)

C. Há noivado no plano espiritual?

R.: Sim. Existe noivado nos círculos espirituais e ele é muito mais belo do que na Terra, onde os desejos e os estados inferiores abafam as belezas do amor puro. (Obra citada, cap. 45, págs. 248 e 249.)

D. Que música se podia ouvir no Campo da Música?

R.: Nas extremidades do Campo havia músicas para todos os gostos. Imperava, porém, no centro a música universal e divina, a arte santificada por excelência, que atrai multidões de Espíritos, ao contrário do que se verifica na Terra. (Obra citada, cap. 45, págs. 249 a 252.)

Texto para leitura

81. O receio de uma esposa insegura – O medo da guerra era generalizado, e uma jovem mulher estava preocupada com a possibilidade de seu marido Everardo desencarnar. Ela receava que ele a procurasse na qualidade de esposa, porque não mais poderia suportá-lo. Sendo muito ignorante, ele com certeza a submeteria a novas crueldades. (Cap. 41, pág. 229)

82. A palavra do Governador – Grande multidão reuniu-se no domingo de manhã para ouvir a palavra do Governador. O Grande Coro do Templo da Governadoria, aliando-se aos meninos cantores das escolas do Esclarecimento, iniciou a festividade com o hino "Sempre Contigo, Senhor Jesus", cantado por duas mil vozes ao mesmo tempo. Alto, magro, envergando uma túnica muito alva, cabelos de neve, olhos penetrantes e lúcidos, o Governador apoiava-se num bordão, embora caminhasse com aprumo juvenil. Ele abriu um livro luminoso, folheou-o atento e, depois, leu em voz pausada: "E ouvireis falar de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim" (Mateus, 24:6). Suas palavras foram de encorajamento e de apelo para que trinta mil servidores se alistassem no trabalho de defesa da cidade, em face da guerra européia. (Cap. 42, pp. 232 a 235)

83. Dificuldades na Polônia – O Ministro Benevenuto, da Regeneração, que havia chegado dois dias antes da Polônia, descreveu o quadro doloroso que ele viu nos campos daquela nação, invadida pelos soldados alemães. Tudo obscuro, tudo difícil. As vítimas entregavam-se totalmente a pavorosas impressões e não ajudavam, apenas consumiam as forças dos diligentes assistentes espirituais que ali atuavam. Apesar disso, as tarefas de assistência imediata funcionavam perfeitamente, a despeito do ar asfixiante, saturado de vibrações destruidoras. O campo invisível da batalha era verdadeiro inferno de indescritíveis proporções, esclareceu o Ministro. Aos fluidos venenosos das metralha, casavam-se as emanações pestilentas do ódio, e isso tornava quase impossível qualquer auxílio. Quando algum militar agressor desencarnava, era logo dominado por forças tenebrosas e fugia dos Espíritos missionários. A falta de preparação religiosa constituía, no seu entendimento, a causa de semelhante calamidade. (Cap. 43, pp. 238 a 241)

84. As Trevas – "Chamamos Trevas às regiões mais inferiores que conhecemos", explicou Lísias. Há Espíritos que, preferindo caminhar às escuras, pela excessiva preocupação egoística que os absorve, costumam cair em precipícios. Há também princípios de gravitação para os Espíritos, como ocorre com os corpos materiais. A alma esmagada de culpas não pode subir à tona do lago maravilhoso da vida. As aves livres ascendem às alturas; as que se embaraçam no cipoal sentem-se tolhidas no vôo, e as que se prendem a peso considerável são meras escravas do desconhecido. O abismo atrai o abismo e cada um de nós chegará ao local para onde esteja dirigindo os próprios passos. (Cap. 44, pp. 244 a 246)

85. Noivado espiritual – André ficou sabendo que existe noivado nos círculos espirituais e ele é muito mais belo do que na Terra, onde os desejos e os estados inferiores abafam as belezas do amor puro. Lísias e Lascínia estavam noivos e pretendiam, em breve, unir-se em matrimônio. O casal já experimentara muitos fracassos nas experiências materiais, mas Lísias esclareceu que todos os desastres do passado tiveram origem na sua imprevidência e absoluta falta de autodomínio. (Cap. 45, pp. 248 e 249)

86. Campo da Música – Luzes de indescritível beleza banhavam extenso parque, onde se ostentavam encantamentos de verdadeiro conto de fadas. Era o Campo da Música, cujo ingresso foi pago por Lísias. Grande número de passeantes, em torno de gracioso coreto, ouvia uma orquestra de reduzidas figuras executar música ligeira. Nas extremidades do Campo havia músicas para todos os gostos. Imperava, porém, no centro a música universal e divina, a arte santificada por excelência, que atrai multidões de Espíritos, ao contrário do que se verifica na Terra. O elemento feminino aparecia na paisagem revelando extremo apuro de gosto individual, sem desperdício de adornos. Grandes árvores, diferentes das que se conhecem na Terra, guarneciam belos recintos, iluminados e acolhedores. Nas palestras, nada de malícia ou de acusações. Discutia-se o amor, a cultura intelectual, a pesquisa científica, a filosofia edificante, mas todos os comentários tendiam à esfera elevada do auxílio mútuo, sem qualquer atrito de opinião. Em palestras numerosas, viam-se referências a Jesus e ao Evangelho. Aquela sociedade otimista encantou André Luiz. Lísias explicou, então, que os orientadores em harmonia da colônia absorviam raios de inspiração nos planos mais altos e os grandes compositores terrestres são, por vezes, levados a esferas como "Nosso Lar", onde recebem algumas expressões melódicas, para depois transmiti-las, por sua vez, aos ouvidos humanos. (Cap. 45, pp. 249 a 252)

87. Saudades do lar terreno – Um ano havia-se passado em trabalhos construtivos. André aprendera a ser útil, encontrara o prazer do serviço, experimentara crescente júbilo e confiança, mas ainda não voltara ao lar terrestre. A saudade, evidentemente, doía-lhe muito. Por isso, à medida que se consolidava seu equilíbrio emocional, intensificava-se nele a ansiedade de rever os seus. (Cap. 46, pp. 253 e 254)

Frases e apontamentos importantes

CXLIX. Será sempre possível atender aos loucos pacíficos, no lar; mas que remédio se reservará aos loucos furiosos, senão o hospício? (...) É razoável, portanto, que as missões de auxílio recolham apenas os predispostos a receber o socorro elevado. (Benevenuto, cap. 43, pág. 240)

CL. Não basta ao homem a inteligência apurada, é-lhe necessário iluminar raciocínios para a vida eterna. As igrejas são sempre santas em seus fundamentos e o sacerdócio será sempre divino, quando cuide essencialmente da Verdade de Deus; mas o sacerdócio político jamais atenderá a sede espiritual da civilização. Sem o sopro divino, as personalidades religiosas poderão inspirar respeito e admiração, não, porém, a fé e a confiança. (Benevenuto, cap. 43, pág. 240)

CLI. O Espiritismo é a nossa grande esperança e, por todos os títulos, é o Consolador da humanidade encarnada; mas a nossa marcha é ainda muito lenta. Trata-se de uma dádiva sublime, para a qual a maioria dos homens ainda não possui "olhos de ver". Esmagadora porcentagem dos aprendizes novos aproxima-se dessa fonte divina a copiar antigos vícios religiosos. Querem receber proveitos, mas não se dispõem a dar coisa alguma de si mesmos. Invocam a verdade, mas não caminham ao encontro dela. (...) Enfim, procuram-se, por lá, os Espíritos materializados para o fenomenismo passageiro, ao passo que nós outros vivemos à procura de homens espiritualizados para o trabalho sério. (Benevenuto, cap. 43, pág. 241)

CLII. Não esqueçamos que todo homem é semente da divindade. Ataquemos a execução de nossos deveres com esperança e otimismo, e estejamos sempre convictos de que, se bem fizermos a nossa parte, podemos permanecer em paz, porque o Senhor fará o resto. (Benevenuto, cap. 43, pág. 241)

CLIII. Quando nos reunimos àqueles a quem amamos, ocorre algo de confortador e construtivo em nosso íntimo. É o alimento do amor. Quando numerosas almas se congregam no círculo de tal ou qual atividade, seus pensamentos se entrelaçam, formando núcleos de força viva, através dos quais cada um recebe seu quinhão de alegria ou sofrimento, da vibração geral. (Lísias, cap. 44, pág. 242)

CLIV. No planeta, o problema do ambiente é sempre fator ponderável no caminho de cada homem. Cada criatura viverá daquilo que cultiva. Quem se oferece diariamente à tristeza, nela se movimentará. (...) Das Reuniões de fraternidade, de esperança, de amor e de alegria, sairemos com a fraternidade, a esperança, o amor e a alegria de todos; mas, de toda assembléia de tendências inferiores, em que predominam o egoísmo, a vaidade ou o crime, sairemos envenenados com as vibrações destrutivas desses sentimentos. (Lísias, cap. 44, pp. 242 e 243)

CLV. Quando há compreensão recíproca, vivemos na antecâmara da ventura celeste, e, se permanecemos em desentendimento e maldade, temos o inferno vivo. (André Luiz, cap. 44, pág. 243)

CLVI. Considere as criaturas como itinerantes da vida. Alguns poucos seguem resolutos, visando ao objetivo essencial da jornada. São os Espíritos nobilíssimos, que descobriram a essência divina em si mesmos, marchando para o alvo sublime, sem vacilações. A maioria, no entanto, estaciona. (Lísias, cap. 44, pág. 244)

CLVII. Os primeiros seguem por linhas retas. Os segundos caminham descrevendo grandes curvas. (...) Repetindo marchas e refazendo velhos esforços, ficam à mercê de inúmeras vicissitudes. Assim é que muitos costumam perder-se em plena floresta da vida... Classificam-se aí os milhões de seres que perambulam no Umbral. (Lísias, cap. 44, pág. 244)

CLVIII. Outros, preferindo caminhar às escuras, pela preocupação egoística que os absorve, costumam cair em precipícios, estacionando no fundo do abismo por tempo indeterminado. É a essas regiões mais inferiores que chamamos Trevas. (Lísias, cap. 44, pág. 244)

CLIX. Em qualquer lugar, o Espírito pode precipitar-se nas furnas do mal, salientando-se, porém, que nas esferas superiores as defesas são mais fortes, imprimindo-se, conseqüentemente, mais intensidade de culpa na falta cometida. (Lísias, cap. 44, pág. 244)

CLX. A vida palpita nas profundezas dos mares e no âmago da terra. Além disso, há princípios de gravitação para o Espírito, como se dá com os corpos materiais. (...) É claro que a alma esmagada de culpas não poderá subir à tona do lago maravilhoso da vida. (Lísias, cap. 44, pág. 246)

CLXI. Quem estime viver exclusivamente nas sombras, embotará o sentido divino da direção. Não será demais, portanto, que se precipite nas Trevas, porque o abismo atrai o abismo e cada um de nós chegará ao local para onde esteja dirigindo os próprios passos. (Lísias, cap. 44, pág. 246)

CLXII. O amor sublime vive no corpo mortal, ou na alma eterna? No círculo terrestre, o amor é uma espécie de ouro abafado nas pedras brutas. Tanto o misturam os homens com as necessidades, os desejos e estados inferiores, que raramente se diferenciará a ganga do precioso metal. (Lísias, cap. 45, pp. 248 e 249)

CLXIII. O noivado é muito mais belo na espiritualidade. Não existem véus de ilusão a obscurecer-nos o olhar. Somos o que somos. (Lísias, cap. 45, pág. 249) (Continua no próximo número.)



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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita