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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 11 - 27 de Junho de 2007

ARTHUR BERNARDES DE OLIVEIRA
tucabernardes@gmail.com
Guarani, Minas Gerais (Brasil)

Perda material e saúde

Cá estou eu falando, outra vez, de meu amigo José. É que a vida desse moço é tão rica de fatos interessantes que não consigo segurar a vontade de contar. De repente eu morro e aí, ó, lã se vão os exemplos que eu pude colher desse jovem senhor que trocou Piracicaba, sua terra natal, por Garça, ambas no interior de São Paulo, para desenvolver sua vida.

Morávamos, ele e eu, ambos solteiros, no fim de uma bela avenida que começava na Praça do Cine Central. Era um quilômetro, mais ou manos, de caminhada que a gente fazia trocando idéias, recordando fatos, analisando a vida, todas as vezes que nos dispúnhamos ir ao cinema.

Pois bem, um belo dia, nem tão belo assim, chegando ao cinema, ao levar a mão ao bolso de trás, para tirar o dinheiro com que pagar os ingressos, um susto!

– Ih! Arthur, perdi a carteira! Deve ter sido quando eu tirei o lenço, sei lá!

Fiquei "arrebentado" como costuma dizer meu caseiro Bernardo! Era dinheiro demais! Dez contos de réis! Isso em 1953, cinqüenta e tantos anos atrás! Eu ganhava dois contos por mês! Cinco vezes o meu salário!

Demos meia-volta e voltamos pra casa, pelo mesmo caminho, procurando, ele e eu, em cada esquina, em cada passo, em cada sarjeta, o dinheiro perdido. Nada! Chegamos em casa, procuramos lá dentro, e nada! Definitivamente nada! Eu estava arrasado; comecei a lamentar. Por ele, por nós, pelo mundo! E resmungava e reclamava e sofria... Não era para menos. Dez contos de réis!

Foi quando o Zé me olhou, calmo e sereno, e me deu a grande lição de que me tenho valido muito até hoje.

– Arthur, eu já esqueci. Fiz o que tinha que fazer. Voltei, procurando reaver o que, por meu descuido, eu perdi. Não consegui. Fato consumado; o prejuízo está feito. Não permitamos, no entanto, que ele se transforme num prejuízo maior: o desequilíbrio da mente, instalando mágoa indevida na intimidade do ser, comprometendo seriamente a nossa saúde.

Fim de papo. Nunca mais voltamos a falar nesse assunto.

Como me tem valido na vida esse exemplo do Zé! Possa ele servir também a quem o quiser seguir.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita