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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 10 - 20 de Junho de 2007

ARTHUR BERNARDES DE OLIVEIRA
tucabernardes@gmail.com
Guarani, Minas Gerais (Brasil)

Um caso raro de
mediunidade natural

– Pode deixar, mamãe, eu a levo pra você – disse, tranqüilo, o Zé Nascimento à sua mãe. – A senhora sabe – continuou ele – eu não acredito nessas coisas, mas se a senhora quer... pode deixar, eu vou lá.

A mãe estava vivendo momentos terríveis. Sua filha caçula ficara mal da cabeça. Tratava-se de insidiosa perseguição espiritual, fortes ligações a um passado de compromissos muito dolorosos. Procurara em vão os recursos da medicina. A menina, cada dia pior! Alguém a aconselhara a procurar um centro espírita. Os espíritas, diziam, lidam bem com essas coisas. Ela queria ir, mas não podia. Como justificar perante suas amigas e companheiras de irmandade semelhante atitude? E o padre, o que iria dizer? A menina piorando; o quadro, cada dia, mais grave.

José do Nascimento era marxista militante. Fazia palestras, promovia encontros, organizava células, arregimentava jovens que doutrinava com sua palavra fluente, brilhante. Materialista e ateu, não acreditava em nada daquilo, mas vendo a angústia da mãe, resolveu ajudá-la. Faria por ela o que ela queria fazer, mas não podia, porque o preconceito não deixava!

Naquela época não era fácil um gesto desses não! Hoje, hoje não. São outros tempos. Ficou até chique a pessoa se dizer espírita. Há um halo de admiração e respeito envolvendo os que se dizem espíritas! E há enorme credibilidade das casas espíritas perante a comunidade. Mas não era assim não, naquele tempo.

Lá vai o Zé Nascimento, com toda a generosidade de seu coração e com toda a humildade que Deus lhe deu, procurar o José Lacerda, presidente do Centro Espírita Paz, Luz e Amor, da cidade de Cataguases, onde residia. Relatado o fato, foi convidado a participar da reunião que se realizaria, à noite, naquele centro.

Iniciada a sessão, começa o Zé a ver entrar Espíritos por todos os lados. Pelas janelas, pelas paredes, pelo teto... uma verdadeira invasão de Espíritos. E via de olhos abertos! Alguns ele conhecera em vida, como o Jota Lacerda, o Dr. Chico Reis, o Capitão Isaltino. Outros, não. Eram pessoas que jamais vira, quando encarnadas. Aí ele começou a descrever o que via. O que via e o que ouvia. E dava recados. E transmitia informações. E renovava conselhos. Em resumo: orientou o grupo, e analisou o quadro obsessivo da irmã!

Um fato extraordinário! Incomum! Raríssimo!

Não é necessário dizer que, naquela mesma noite, começou a devorar tudo o que havia à mão da literatura sobre Espiritismo e mediunidade. Em pouco tempo, tornou-se um dos mais valorosos trabalhadores da doutrina na bela cidade de Cataguases.

Preocupado com o que passara aos jovens, quando de sua pregação marxista, procurou um a um, grupo a grupo, pessoa a pessoa, para relatar-lhes o que havia acontecido com ele e o novo rumo que procuraria dar à sua vida, a partir daquela noite memorável!


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita