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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 10 - 20 de Junho de 2007

LEDA MARIA FLABOREA
ledaflaborea@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

Carta a um amigo

Gentil alma amiga,

Estamos aqui sentados: o coração, a mente e a grande saudade de você, doce e distante amigo. Lembranças percorrem a memória, trazendo imagens de passado longínquo, nos reportando à sua meninice.

Doce criança, chegando à escola, olhos vivos, buscando perceber tudo. Fala macia, jeito sereno de quem não tem pressa, pois sabe ser dono do próprio tempo. E você, querido amigo, se fez dono desse tempo. Lentamente, foi realizando tudo o que sonhava. Sonhos infantis, sonhos adolescentes. A profissão do adulto, realizada com garra e determinação, o fizera mais forte para um dia afastar-se de todos nós a buscar caminhos.

A distância, pela ausência da terra de origem, ao contrário de nos afastar, só fez nos unir, porque a amizade verdadeira não se mede pela distância geográfica, mas pelo coração. E nunca, em tempo algum, estivemos tão perto um do outro. Saudade doída essa sua, bem sei, longe dos pais, dos irmãos, dos amigos de todos os tempos. Mas a namorada da sua juventude, transformada em mulher amada, ai está ao seu lado, dando-lhe força, unindo sonhos e saudade.

Querido amigo, quantas cartas trocamos nesses longos anos de seu afastamento. Mas hoje, não sei por que, estamos aqui como que aguardando inspiração para lhe escrever. A razão, ignoro completamente. Enquanto isso vamo-nos permitindo lembrar, com suavidade momentos sublimes de terna amizade. Quantos momentos de solidão vividos em terra estranha, valores outros que não são os seus, costumes outros que não são os nossos... Mas, sua vontade de ser melhor prevaleceu e você venceu! Venceu como profissional porque se fez admirar e respeitar. Venceu como homem, porque se fez melhor e mais feliz, mais doce e mais humilde. Conquistas pessoais, intransferíveis porque só suas.

Mas, todo esforço é recompensado, pois toda persistência naquilo que se quer alcançar transforma-se em alegria íntima, que ninguém nos tira. Os prêmios são o reconhecimento terreno, mas quando não são recebidos com humildade, rebaixam-nos à condição de seres pequenos. Entretanto, a alegria de vencer os próprios limites, de conquistar conhecimentos, que poderão ajudar outras pessoas, isso, meu amigo, carregamos conosco, porque é conquista individual e não precisa ser reconhecida por ninguém, a não ser por Deus.

Assim, aprenda e prossiga. A luta é grande, o caminho é longo e a terra precisa ser trabalhada. Nenhuma semente germina em solo estéril. Espalhe sementes do conhecimento que você está aprendendo a produzir e passe adiante sem aguardar a colheita. Mais à frente, outras terras precisam ser preparadas e semeadas. Se encontrarem bom solo essas sementes frutificarão e você saberá. Não precisa ficar sentado à beira do caminho, esperando que viajantes passem e o cumprimentem pelo trabalho. Você não trabalhou sozinho.

Temos certeza de que muitas vezes, durante a batalha, nos cansamos e uma grande vontade de desistir nos envolve. Por isso, todas as vezes que iniciarmos uma jornada, não nos esqueçamos de erguer os braços e pedir ajuda ao Pai; e quando por cansaço não levantarmos mais as mãos, pedindo forças para continuar e nos entregarmos ao desânimo, à preguiça, à má vontade, as ervas daninhas acabarão por tomar conta do nosso jardim. Mas, quando, apesar de toda aflição, nos lembramos e erguemos os braços, buscando fortalecimento da nossa vontade, ânimo para nosso corpo e coração, as benesses divinas nos chegam como cascatas de luzes a nos envolverem no amor do Pai Criador, que nos ergue novamente para a luta. E assim, prosseguimos todos. E, se é verdade que só tropeça quem caminha, tomara possamos fazê-lo várias vezes.

Amado amigo, muita paz no seu doce coração!


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita