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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 1 - 18 de Abril de 2007

MARCELO HENRIQUE PEREIRA
cellosc@floripa.com.br
Florianópolis, Santa Catarina (Brasil)

Finalidade da Imprensa Espírita


     Felicíssima a escolha do título e o mote para a escrita do Editorial de “O Imortal”, jornal editado na cidade paranaense de Cambé, em seu número 636, de fevereiro de 2007: “A imprensa espírita e sua finalidade”.

Nele, após os lúcidos questionamentos iniciais (“Qual é a finalidade da imprensa espírita?”, e, “Compete-lhe algum papel na defesa dos postulados espíritas?”), são apostos considerandos acerca da (real) necessidade de “filtragem” em relação a livros e idéias que, em face da liberdade de pensar (falar e escrever), grassam em qualquer movimento social humano. E, em seguida, admoestam os Editores – e nisto nós outros consideramos a mais relevante pergunta que todos os que militam na imprensa devem fazer – “[...] é lícito à imprensa espírita comentá-los e apontar seus possíveis desvios doutrinários?”

A observação de “O Imortal” é oportuna e imprescindível, senão determinante, no sentido de recuperar o relevante papel da imprensa (sobretudo, escrita) espiritista: fomentar o debate, criticar construtivamente e apresentar caminhos, alternativas ou soluções viáveis. Tudo isso, privilegiando o foro de discussão e análise, em sede de idéias, nunca de pessoas ou instituições. Os periódicos espíritas (salvo honrosas e destacadas exceções) se limitaram – nos últimos tempos (alguns, até, a mais tempo) – a “chover no molhado”, repetindo temas “batidos”, reproduzindo mensagens (quase que exclusivamente) mediúnicas e repisando, inclusive, longos trechos das obras básicas.

Na esteira da apresentação de temáticas novas, distintos pontos de vista e, até mesmo, abordagens polêmicas, há que se privilegiar – além da lógica e do bom senso – o espaço para o contraditório, apresentando, por exemplo, numa mesma edição, ou em números subseqüentes, posições (total ou parcialmente) divergentes, deixando ao leitor a oportunidade de raciocínio e adesão aos argumentos que melhor se ajustem à sua formação e entendimento pessoais.

Só lamento que o editor tenha se restringido à apresentação e aos comentários acerca das ponderações de Kardec, em volumes distintos da Revue Spirite, quando poderia, com menor volume de transcrições ou paráfrases, aproveitar os valiosos “conselhos” do Professor Rivail, atualizando-os em termos da realidade vigente e, neste sentido, apontando caminhos para a correção da rota de pauta, editoria e publicação, porque, em verdade, pouco se tem discutido a respeito do “como fazer” e “para que (ou quem) fazer”, em termos de jornalismo espírita.

Reconheço, todavia, que o processo de reconstrução da imprensa espírita envolve a dinâmica do interesse, da vontade e da perseverança (atitude), e tem, como requisito, a aceitação das avaliações e das críticas (tanto dos leitores como dos “especialistas”), sem melindres e com bom ânimo. Valorizo, assim, a disposição da direção editorial do jornal paranaense neste sentido e espero que outros profissionais (ou amadores) e veículos da comunicação social espírita desfraldem – constantemente – esta bandeira!


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita